Quem faz o uso de esteroides anabolizantes muitas vezes visa apenas o ganho muscular, sem levar em consideração os danos à saúde que esses produtos podem trazer, como a calvície, o comportamento agressivo, disfunção sexual, alterações hepáticas e muitos outros problemas graves.
Durante o exercício físico, o corpo produz naturalmente a testosterona (hormônio encontrado em ambos os sexos) que auxilia no ganho muscular. Algumas pessoas, para acelerar este ganho, buscam como atalho a utilização dos esteroides, que aumentam a quantidade do hormônio no organismo.
O especialista em restauração capilar, Dr. Thiago Bianco explica que o excesso de testosterona é uma das preocupações para quem têm em seu histórico familiar casos de calvície, pois quem tem a calvície hereditária (alopecia androgenética) possue uma alta sensibilidade ao DHT (dihidrotestosterona), que é um hormônio produzido a partir do testosterona.
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O DHT se liga aos receptores foliculares e promove o afinamento progressivo dos fios, até que aconteça a queda permanente. “O que ocorre é um aceleramento desse processo de queda, já que o organismo está cheio de testosterona e assim produz mais DHT”, esclarece Bianco.
O médico conta que existem alguns destes esteroides que causam ainda mais danos aos cabelos, como o Winstrol (Stanozolol), Anavar (Oxandrolona), Primobolan (Methenolone), Dianabol (Methandrostenolone).
De acordo com o médico, a importância da atividade física é inquestionável, mas é necessário ter paciência na hora de alcançar os resultados, e quem faz o uso de medicamentos como o Anavar, deve de ter consciência que o produto traz problemas como a queda irreversível dos cabelos.
Aos primeiros sinais de queda massiva de cabelo, é necessário procurar rapidamente a ajuda de um médico para evitar a perda do folículo capilar. “Depois que o folículo morre o cabelo não torna a crescer naturalmente naquela área e somente um transplante capilar pode devolver os fios à cabeça”, conta o médico.O transplante capilar é um procedimento de baixo risco, porém extremamente específico, e demanda um alto grau de treinamento do cirurgião e da equipe. A cirurgia é feito sob anestesia local e o paciente é liberado no mesmo dia, podendo retornar às atividades profissionais e sociais em um curto período.